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O que é a Falácia do Espantalho?

A falácia do espantalho ocorre quando o argumentador distorce o ponto de vista do oponente para torná-lo mais fraco e argumentar contra essa versão enfraquecida.

O artifício frequentemente consiste em remover as nuances do argumento, exagerando o ponto do adversário e comprometendo a coerência do argumento, ou removendo o contexto, tornando-o pouco verossimilhante, para refutar mais facilmente.


O nome vem da ideia de que o argumentador está criando um espantalho para atacar, em vez de se concentrar no argumento real apresentado pelo oponente.

Essa falácia é frequentemente usada em debates políticos, religiosos e sociais por oradores que desejam evitar discussões complexas ou que não compreendem os pontos de seus adversários.

Exemplos

Pessoa A: “Acredito que devemos investir mais em educação pública para melhorar a qualidade do ensino.”

Pessoa B (usando a falácia do espantalho): “Então você quer gastar todo o nosso dinheiro em programas de educação e deixar outras áreas essenciais, como a segurança, desamparadas?”

Cientista A: “Há uma grande quantidade de evidências que apoiam a teoria da evolução.”

Cientista B (usando a falácia do espantalho): “Você está dizendo que a teoria da evolução é a única explicação para a diversidade da vida na Terra e que todas as outras teorias estão erradas?”

Economista A: “Acredito que uma regulamentação financeira mais rigorosa pode ajudar a evitar crises econômicas no futuro.”

Economista B (usando a falácia do espantalho): “Então você quer estrangular a livre iniciativa e tornar o governo responsável por tudo na economia?”

Como evitar a falácia do espantalho

A melhor maneira de evitar a falácia do espantalho é esforçar-se para refutar argumentos sob sua melhor luz, isto é, garantir que você entenda completamente o ponto de vista do oponente e, mesmo que este não tenha se expressado bem, refutar o que seria a melhor versão de seu argumento.

Reiteramos que não recomendamos o uso de falácias em seus discursos. Eles são formas de enganar seu público, sendo uma clara afronta ao ethos, um dos pilares da argumentação aristotélica.

Para saber mais sobre falácias, clique aqui.

Para saber mais sobre o ethos, clique aqui.

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